Secretário-Geral da ONU pede fim das hostilidades

 

Secretário-Geral da ONU pede fim das hostilidades

O Secretário-Geral da ONU pediu, na sexta-feira, o fim das hostilidades na República Centro-Africana (RCA), onde 'capacetes azuis' foram destacados para impedir os grupos armados de perturbarem as eleições presidenciais e legislativas.

19/12/2020  ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 21H40
Secretário-geral da ONU, António Guterres. © Fotografia por: DR
António Guterres "condenou a escalada da violência e a apelou a todos os actores para cessarem todas as hostilidades urgentemente, e a trabalharem em conjunto para garantir condições favoráveis à realização de eleições credíveis, inclusivas e pacíficas em 27 de Dezembro”, indicou o porta-voz Stéphane Dujarric, em comunicado. 

Pelo menos três dos mais importantes grupos armados que ocupam dois terços da RCA ameaçaram atacar o Governo do Presidente Faustin Archange Touadéra se este recorrer à fraude eleitoral, de que o acusam, para garantir um segundo mandato. 

De acordo com fontes humanitárias e da ONU, os grupos armados tomaram várias localidades situadas em eixos de acesso à capital Bangui, já ameaçada por um bloqueio à distância.  O Secretário-Geral da ONU pediu às partes para que resolvam "qualquer diferendo de forma pacífica”, no interesse do povo centro-africano que, acrescentou, "sofre há muito tempo devido ao conflito e à instabilidade”. 

As tensões continuam muito acesas na RCA, onde o Governo acusou, na quarta-feira, o antigo Presidente François Bozizé, excluído do escrutínio pelo Tribunal Constitucional, de preparar "um plano de desestabilização do país”, enquanto a oposição receia fraudes maciças nas eleições. 

A missão da Organização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) deslocou ‘capacetes azuis’ para o Oeste do país, de acordo com um comunicado da missão, divulgado na sexta-feira.  A RCA é palco de uma guerra civil, depois de uma coligação de grupos armados predominantemente muçulmana, a Séléka, ter derrubado o regime do general François Bozizé em 2013. 

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